domingo, 23 de novembro de 2014

Etapa II-

"Aprender matemática não é uma tarefa fácil, é igual a ensinar a ler e escrever. Mas temos que pensar, será que só temos um caminho para o aprendizado da matemática?."

Não, é claro que existem muitos outros caminhos a ser considerado para o ensino da matemática, o professor pode e deve utilizar-se de vários recursos.
Pensando nesta perspectiva a educação é tomada a formação do conceito de número, muitas vezes é confundida pelo reconhecimento dos algarismos, escrita e domínio da contagem numérica, no entanto, é mais que isso, o processo é longo e complexo, porém o que se vê é que a exploração das inúmeras ideias matemáticas existentes é deixada de lado, ao iniciarmos a noção de quantidade através das comparações de elementos, a principio com poucas quantidades aumentando-as gradativamente.
...”E ainda, segundo Piaget (PIAGET; SZEMINSKA, 1975, P.15): ‘‘ Não basta de modo algum à criança pequena saber contar verbalmente um, dois, três, etc. para achar-se na posse do número”. Apesar de que contar seja uma das primeiras operações, vamos assim dizer que a criança aprende, mas não é suficiente para que a criança seja considerada, um entendedor, o educador tem que dar condição para o desenvolvimento e compreensão deste aprendizado.
Ainda, muito pequeno a criança vivência operações matemáticas, quando a mãe pergunta quantos anos você tem, mostrando o dedo apontando que é um, ou dois, então percebemos que na realidade convivemos com a matemática, ela está inserida no meio em que vive esta criança.
Olhando por este lado, as primeiras experiências de matemáticas, na escola devem estar baseadas no aproveitamento do conhecimento, que a criança traz consigo, no aprendizado de seu cotidiano, não podemos deixar de ressaltar que as atividades e os materiais utilizados, para o manuseio de objetos, observação e ações, é parte importante para o desenvolvimento do conhecimento pleno destas crianças, as mesmas precisam sair do imaginário e passarem para o concreto, de tal modo que esta ação favoreça  o pensamento intuitivo, é preciso variar muito os materiais e o contexto, (atividades ou jogos), a criança precisa se sentir desafiada a experimentar, a conhecer o novo, criar estratégias e confrontar os dados da instituição com os da lógica, as atividades devem ser escolhidas considerando o interesse das crianças, as suas necessidades e o estágio de desenvolvimento em que se encontra.
“Piaget (aput GOUBERT, 2002) demonstrou em suas investigações que para haver compreensão dos números a criança precisa estabelecer relação quantitativa. Por exemplo, a relação entre oito elementos e o número oito. Para chegar a esse entendimento, ela deve fazer uma síntese operatória entre procedimento de classificação e de seriação, uma vez que o número designa, ‘’ uma classe de objetos seriados”.
Ou seja, tudo que envolver a atividade deve ser diretamente pensado no desenvolvimento da criança, para que ela  possa ter noção e saber diferenciar, entre o pequeno/grande, maior/menor, mais/menos, muito/pouco, primeiro/ultimo, ou seja, em qualquer dos campos, que a matemática atue sempre vai haver relação direta com os conceitos físico, matemático de: tamanho, lugar, distância, forma, posição, quantidade, número, capacidade, volume, massa, comprimento. Estas devem ser realizadas coletivamente e cooperativamente, pois as brincadeiras, construção e jogos levam às trocas, comparações e descobertas estratégicas e por meio delas que o professor retém preciosas informações a respeito do que as crianças conhecem, como e o que estão aprendendo, como pensamos e como que as crianças conhecem, como e o que estão aprendendo, como pensam e como estão evoluindo, é de suma importância que o educador estimule, as crianças para que haja de fato um importante aprendizado por meio da motivação. É importante também, saber antes de qualquer atividade qual o processo de conhecimento esta trazendo esta criança.
Conceitos estes que sempre deve estar presente em sala de aula, ensino de qualidade estando sempre ao alcance com certeza vai transformar este indivíduo, com o conhecimento, respeitando sempre seu ritmo de aprendizagem, e conhecimento do qual todas elas trazem de casa.
O professor deve considerar todas as respostas das crianças, mesmo que a resposta esteja errada, isso facilitara ao educador entender, as dificuldades de raciocínio, pelo qual os alunos estão enfrentando.
Sendo assim, a matemática deve estar presente em todos os momentos, do fazer escolar, na merenda, na recreação, na educação física, nas atividades internas e externas do lar, em fim fazemos e vivemos matemática todos os dias.




Referências Bibliográficas

CUNHA, Nilse H. S.; NASCIMENTO, Sandra Kraft. Brincando aprendendo e
desenvolvendo o pensamento matemático. Petrópolis: Vozes, 2005.


FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 2. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

MEC, Referencial Curricular Naciona para Educação Infantill, 1998.

PIAGET, J. ; SZEMINSKA. A. A gênese do número na criança. Trad. Christiano M.Oiticica. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

REIS, Silvia Marina Guedes dos. A matemática no cotidiano infantil: Jogos e
Atividades. Campinas, São Paulo: Papirus, 2006. 

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